Você já parou para pensar que a água compõe todo tipo de bebida que você consome no seu dia a dia? Segundo o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), a participação desse solvente na formulação de algumas bebidas é em torno de: 82 a 98% para sucos; 85 a 90% para refrigerantes; 90 a 92% para cervejas e de 75 a 90% para vinhos.
Esse fator, junto com o aumento do consumo de bebidas pela população, justifica o porquê do mercado brasileiro de águas envasadas apresentar constante crescimento nos últimos anos – uma média anual de 15% desde a década de 90, segundo o DNPM (Departamento Nacional de Produção Mineral) e a Abinam (Associação Brasileira da Indústria de Águas Minerais).
Embora o consumo de água para a produção de bebidas não impacte tanto em porcentagem, ele é bastante crítico, quando analisado sob outra ótica: as grandes cervejarias consomem, atualmente, em torno de 3 a 4 litros de água para cada litro da bebida produzido. Contudo, houve uma redução significativa na quantidade de água utilizada, visto que, há dez anos, esse consumo era de 5 a 6 litros.
Água e sustentabilidade Assim, a indústria de bebidas precisa atentar-se a um simples detalhe: a água potável não é um bem de consumo durável. Sendo ela finita, sua falta precisa ser levada em consideração durante cada etapa de produção. Segundo a Sabesp, dados de 2008 mostram que apenas 1% da água do planeta é disponível para atividades humanas, como cozinhar, tomar banho, entre outros. No entanto, apenas 10% é usada para fins urbanos, e 35% é descartada na forma de esgoto, após utilização. Já parou para pensar em quantas atividades do seu dia a dia você usa a água?
Em vista disso, muitas empresas procuram ter uma atitude ambiental mais consciente e, por conseguinte, há uma busca crescente por programas de gestão de resíduos, como é o caso do Programa de Gestão de Água, o PGA. A prática do manejo adequado dos resíduos produzidos resulta na redução de gastos e resíduos, evidenciando a responsabilidade socioambiental da empresa. Além disso, é importante ressaltar que tal gestão é obrigatória por lei.”
Durante o processo produtivo, são considerados três tipos de água:
a que compõe o produto; a do processo de produção (resto do produto); água de utilidade. O reaproveitamento é possível para os últimos dois, pois a produção os trata de maneira mais simples, sem a inclusão de produtos químicos.
Empresas modelos na economia de água A Ambev, dona de marcas como Skol e Budweiser, por exemplo, reduziu em 43% o consumo de água em suas produções nos últimos 14 anos. Outro exemplo, é a Coca-Cola que, em 17 anos, reduziu em 36% o volume necessário para produzir 1 litro de bebida, utilizando 1,64 litro de água.
Portanto, a partir da eliminação de pontos de desperdício, da modernização das linhas de produção para aproveitamento, de campanhas internas de conscientização e do estabelecimento de novas metas, é possível reduzir o gasto excessivo de água na produção de bebidas sem perder em qualidade.
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