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A população mundial se encontra em total estado de alerta, desde que a situação gerada pelo novo corona vírus foi determinada como uma pandemia pela OMS (Organização Mundial da Saúde). Buscando combater este vírus, que tem infectado milhares de pessoas e feito com que inúmeras outras viessem a óbito, governos de diversos países têm instruído seus cidadãos a seguirem algumas medidas preventivas.
A quarentena, umas dessas alternativas, visa evitar aglomerações e, consequentemente, controlar o número de contaminações, uma vez que o contágio se faz através de gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato com superfícies contaminadas, etc.
Todavia, por inúmeros motivos, muitas pessoas ainda precisam sair de suas moradias, o que tornou as máscaras aliadas importantes no combate ao COVID-19. Elas, entretanto, não anulam a importância de se manter o estado de quarentena ou de se lavar as mãos ou de se utilizar o álcool em gel, mas têm contribuído muito para reduzir os impactos gerados por este vírus.
Quem deve utilizar as máscaras?
Vamos supor duas pessoas: uma contaminada e outra não. Quando nenhuma delas faz uso das máscaras, as chances de a pessoa saudável ser contaminada são altas. Quando a pessoa saudável faz uso da máscara, essas chances ainda são altas; mas se quem estiver usando a máscara for a pessoa contaminada apenas, as chances de contaminação são médias. Entretanto se ambas as pessoas estiverem fazendo uso deste equipamento, as chances de contaminação são baixas.
Quando se trata de grupos de risco (maiores de 60 anos, portadores de doenças crônicas como diabetes e hipertensão e imunodeprimidos), aqueles que estão mais propensos a serem contaminados, o uso é inquestionável. Pontua-se que aqueles que estão fora destes grupos não devem contar com a sorte: é melhor se prevenir e utilizar este equipamento.
Portanto, todos aqueles que, por quaisquer motivos, precisem sair de suas residências e entrar em contato com outras pessoas devem fazer uso de máscaras.
Qual tipo de máscara usar?
Diante da escassez de máscaras cirúrgicas e N95, o Ministério da Saúde priorizou o seu fornecimento para pacientes contaminados e profissionais da saúde; recomendando para os demais cidadãos que não possuírem-nas a sua confecção caseira, uma vez que, com base em pesquisas, o uso delas tem o mesmo efeito que as de uso hospitalar: impedir a disseminação de gotículas emitidas pela boca ou nariz.
Entretanto, para que estas constituam uma barreira eficaz, elas devem ser feitas em um dos tecidos específicos: fronhas de tecido antimicrobiano; de algodão 100%; de Cotton (composto de poliéster 55% e algodão 45%); de saco de aspirador, etc.
É importante frisar que a máscara caseira deve cobrir totalmente a boca e nariz, e estar bem ajustada ao rosto, sem deixar espaços nas laterais.
Uso das máscaras
Alguns cuidados devem ser tomados durante seu uso:
- Máscaras são equipamentos de proteção individual (EPI’s), não podendo ser compartilhados com outro indivíduo;
- Utilizar a máscara por até 2 horas, uma vez que sua eficiência decai devido à umidade produzida pela respiração humana;
- Sempre tenha uma máscara extra ao sair de casa;
- Certifique-se de que não possua furos ou rasgos;
- Certifique-se de que foi colocado da maneira correta;
- Não toque na região do nariz e boca mesmo enquanto utilizar a máscara;
- Antes e após removê-la, lave as mãos;
- Remova a máscara segurando pelo elástico ou laço da parte traseira;
- Não deixe que a parte “externa” da máscara entre em contato com sua boca e nariz.
Mas… e as luvas?
O uso de luvas nos remete à ideia de limpeza: nossas mãos não entrarão em contato com superfícies contaminadas. O que nos esquecemos é que nossas mãos enluvadas, contaminadas ou não, entrarão em contato com outras coisas: celulares, embalagens, alimentos, e até mesmo nossos rostos, se formos desatentos. E, então, toda a ideia de prevenção foi buraco à baixo: estabeleceu-se ali uma contaminação cruzada.
Segundo Igor Marinho, infectologista do Hospital das Clínicas de São Paulo e coordenador médico do Hospital AACD, “a pessoa leva o germe de um lugar para o outro. Por isso é muito importante seguir todas as medidas de higiene e trocá-las sempre a cada ocasião. Luvas devem ser de uso único e descartadas toda vez”.
Portanto, o uso das luvas pode ser mais uma barreira entre o usuário e o COVID-19 desde que este se lembre de sua higienização e seu descarte corretos. Caso contrário, ela pode facilitar a contaminação.
Superando esta pandemia juntos
Diante desse cenário mundial caótico, entender que a situação é grave é o primeiro passo. O segundo é ter consciência: apesar da situação aparentar estar sendo apaziguada, ainda estamos no meio de uma pandemia.
Portanto, fique em casa. Lave as mãos. Evite sair, se precisar use máscaras. Proteja a si e a quem você ama.