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O sucesso ou fracasso na produtividade de uma equipe, setor ou até mesmo de toda uma empresa podem estar relacionados diretamente com características muito mais profundas do que se imagina, muitas vezes eles dependem não só de condições financeiras e estruturais, mas também de gestão. Atualmente, mais do que nunca, o perfil do gestor vem se modificando para atender às novas condições e necessidades de trabalhar com diversos tipos personalidades e narrativas.
Apesar da forma de hierarquia ainda ser usada e muito no ambiente coorporativo, de acordo com Mueller e Mayer em “Liderança: novos conceitos diante de uma nova realidade” publicado em 2003, alguns pontos têm sido cada vez mais valorizados e esses são: o diálogo, a aliança, divisão de poderes e abertura para iniciatavas, tornando cada vez mais horizontal todo o processo.
Não se espera mais de um líder que esse seja somente alguém que designa funções e espera os problemas a serem resolvidos chegarem até ele. Hoje, pessoas que ocupam cargos de liderança precisam estar ativas para identificar essas questões, melhorar processos, dar conta da demanda de trabalho, conhecer a dinâmica dos diversos setores, motivar a equipe, maximizar o tempo e manter o foco das ações. Não é preciso enfatizar que esse é um trabalho que é humanamente desgastante sem a existência de um trabalho conjunto.
Qual é o papel do MEJ (Movimento Empresa Júnior) nesse cenário?
O Movimento Empresa Júnior (MEJ) surgiu na França em 1967 na Escola Superior de Ciências Econômicas e Comerciais por alunos que sentiam necessidade de aplicar os conhecimentos adquiridos dentro da universidade na prática e assim aumentar o contato com o mercado de trabalho. Acontece que tal iniciativa se difundiu ao redor do mundo inteiro e chegou também aqui no Brasil.
Hoje somos mais de 22 mil empresários juniores brasileiros espalhados por diversas universidades e o país se tornou referência no mundo nesse quesito. Os jovens que participam dessa iniciativa são agentes ativos na sociedade que ocupam, através da busca de soluções para os principais problemas que milhares de empresas de diversos portes enfrentam de modo a ajudá-las a superar suas dificuldades a um preço acessível de acordo com a realidade de cada uma delas.
Nossos empresários juniores possuem sede por mudança e por fazerem parte de uma geração que está em constante mudança, ainda muito novos aprenderam a se relacionar de forma íntima com os impactos que a globalização coloca em cheque as relações de trabalho.
A capacidade proativa, analítica e empreendedora desses jovens é impressionante e investir no trabalho que é desempenhado por eles significa investir em um país que busca e conquista perfis de liderança cada vez mais inspiradores e prontos para ocupar cargos que envolvam gestão de pessoas e projetos.
A liderança, uma aliada do MEJ
Geralmente, os universitários que se mostram dispostos a participar desse movimento estão extremamente abertos ao desenvolvimento não só de sua característica empreendedora mas também de sua liderança e a forma como é possível se relacionar com pessoas de diferenciados grupos de atuação.
Tendo em vista que na maioria das vezes participam de atividades que não necessariamente estão relacionadas com seu curso de formação, esses estudantes são motivados diariamente em ir em busca de novos conhecimentos, ferramentas e capacitações. É preciso ser movido por uma sede que querer aprender e aplicar o que se aprende e isso é algo presente no MEJ.
Muitas das soft skills (palavra inglesa que se refere às habilidades comportamentais mais variadas) que são valorizadas em todo ambiente profissional são desenvolvidas por esses jovens enquanto empresários juniores, de modo que ao ingressarem no mercado de trabalho, possam apresentar resultados impressionantes, trazendo otimização de muitos processos.